
Como funciona isso? Simples: Se todo mundo está falando que “comer cocô de cavalo é bom”, pra ser aceito dentro desse mundinho eu tenho que concordar e dizer que “o cocô do cavalo é bom”, mesmo sabendo que deve ser péssimo.
A gente precisa ser aceito. Depois do boom digital, “aceitação” se tornou uma necessidade real de cada um de nós. Vivemos por likes. Vivemos em prol de pessoas que estão sempre concordando conosco e nunca o contrário.
Concorda comigo: close certo.
Discorda de mim: close errado.
Já reparou em quão mal isso faz a você mesmo? Porque tu deixa de ser uma pessoa crítica. Deixa de amadurecer. Ou você acredita que são os elogios que fazem você se tornar uma “pessoa melhor”?

Então, se falar mal da Kéfera, da Anitta, da Paula Fernandes e de qualquer outra pessoa me faz ser legal, opa, eu vou distribuir esse hate na minha rede pra ser legal também.
A internet, como todo mundo já sabe, é terra de ninguém e por aqui a gente pode falar tudo que quiser, pra quem a gente quiser e a hora que a gente quiser. Certo? Certo! Mas estamos fazendo isso do jeito errado, amiguinhos.
A gente não pode descontar nossas frustrações em pessoas que nada tem a ver com os nossos problemas. É claro que você não precisa gostar da Kéfera, mas achar que ela “dá close errado” porque seus amigos no Facebook acham isso, é burrice, além de demonstrar uma grande falta de personalidade.
Por que nos incomoda tanto o que algumas pessoas falam por aí? Porque o canal da Kéfera, ou as músicas da Anitta incomodam tanto? Muda o que em nossa vida ficar odiando e diminuindo essas pessoas nas redes sociais?
Empatia, já ouviu falar disso? É a arte de “se colocar no lugar do outro”. A gente pede tanto amor, tanta igualdade, mas na hora de praticar o amor e a igualdade nós mesmos não sabemos como nos portar.
A internet passou a não gostar da Kéfera, da Anitta, da Demi e de vários outros artistas porque eles falam o que pensam sem se deixar levar pela “modinha”. Some isso ao sucesso que fazem, pronto, hora de espalhar ódio na timeline alheia, sem se dar conta que também são seres humanos como nós, mas com milhões de seguidores.