O longa “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” traz os bastidores da famigerada Operação Lava Jato, estreou na última quinta, 7, e já está gerando comentários ácidos nas rede sociais. Confira a crítica!
Que a vida imita a arte, a gente já sabe, mas nesse caso, o nosso Brasil já saiu dos trilhos há algum tempo! A gente vê isso no dia a dia dos noticiários que somos obrigados a acompanhar impotentes e, infelizmente, sem poder fazer nada além de tentar acreditar que tudo um dia vai melhorar, não é? Mas, o cinema desta vez nos impressiona!
“Polícia Federal: a lei é para todos”, baseado no livro de mesmo nome dos jornalistas Carlos Graieb e Ana Maria Santos, conta como a maior operação anti-corrupção começou, numa investigação contra o tráfico de drogas, para se tornar a ação da PF que mais prendeu “gente grande” no país.
Com muitas cenas de ação, histórias da força-tarefa e personagens que ganharam relevância a partir das investigações, desde sua origem até março de 2016, sob a ótica da equipe da Polícia Federal, o longa é um thriller brasileiro de ação inédito, não se vê nada de igual sendo produzido por aqui e também não deve em nada aos filmes gringos que a gente já está acostumado a assistir.
Entrevista
Em coletiva de imprensa na capital paulista, o elenco contou como que se inspiraram em seus personagens. “A gente ficou em Curitiba, convivendo com esses seres humanos reais que a gente vai retratar no cinema. São pessoas que tem família, sonhos e que viu sua vida ser mudada pela operação, assim como todos os alvos”, conta Bruce Gomlevsky. “Eu achava que por ser mulher, e policial, a Erika, quem eu interpreto como Beatriz no filme, era uma mulher forte, parruda, mas me deparei com uma pessoa meiga, calma. Mudei toda minha preparação pra levar ela como realmente é ao filme”, diz Flávia Alessandra. “Eu faço o Dr. Daltan Dallagnol, então tentei trazer para a tela toda a calma, seriedade e tranquilidade que o promotor tem na vida real. É até engraçado, porque ele se parece muito comigo”, brinca Rainer Cadete.
O diretor, Marcelo Antunez, conhecido por dirigir comédias como “Até Que A Sorte Nos Separe” e “Qualquer Gato Vira-Lata”, explica que precisava fazer algo diferente e que chamaria a atenção das pessoas e que, ainda assim, trabalharia com a realidade. “Falar sobre a Lava-Jato é sensacional, porque as pessoas veem isso todos os dias na televisão e na internet, é como se a história do filme não acabasse com a exibição do filme no cinema”, revela.
Algumas locações também são reais. “Eu quis trazer o salão presidencial do aeroporto de Congonhas e a sala de inteligência da Polícia Federal porque o telespectador vai entrar aonde tudo na história real acontece. Eu precisava disso pra ter certeza de imersão total”, explica Antunez.
O filme vale cada centavo brasileiro gasto no ingresso. Além das cenas de ação, suspense e das grandes perseguições, o longa traz gráficos e conta a história do Brasil, que explica que a corrupção chegou junto do primeiro navio português a colonizar o país.
E, também, é uma trilogia. “O filme vai ter outras duas sequencias, porque um só não daria conta de trazer todo os bastidores da operação. Todo dia muda alguma coisa, então vamos contar tudo dentro de uma storyline”, finaliza o diretor.
Maior abertura de filme brasileiro em 2017
Nos cinemas de todo o Brasil desde o dia 7 de setembro, “Polícia Federal – A Lei É Para Todos” alcançou um público de mais de 470 mil pessoas no final de semana de estreia, segundo dados do Filme B. Com a marca, o longa se torna o filme de maior abertura entre os nacionais de 2017. O thiller teve sessões de pré-estreia na quarta-feira, dia 6, e estreou em 737 salas de cinema do país no feriado.
“Estou impressionado com os relatos que tenho recebido de amigos e desconhecidos”, narra o diretor da Downtown Filmes, Bruno Wainer. “O filme virou uma catarse coletiva, com aplausos ao fim da projeção. É como se o brasileiro tivesse encontrado na tela do cinema o grito contra a corrupção que estava preso na garganta.”
Vale lembrar que a Lava Jato, é a maior investigação contra corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil, que está há mais de três anos movimentando o país e se tornou um marco político por aqui, o que torna, o filme um patrimônio da história recente brasileira.
Assista ao trailer: