Um dos textos mais lidos desse site e da minha carreira como jornalista e blogueiro de entretenimento – pasmem – é defendendo o Justin Bieber numa época em que ele estava depressivo, pensando em desistir e precisando do apoio dos fãs. Como fã – eu expus o que eu sentia no momento – (leia aqui) e agora, para não ser hipócrita, farei o mesmo.
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Ao ser preso em 2014 com suspeitas de dirigir embriagado, Justin Bieber contou com o carinho dos fãs, |
Eu realmente gostaria de saber o que acontece com o Justin.
Justin ficou conhecido anos atrás por seu talento musical inegável. Ele era para os fãs e os fãs eram por ele. O tempo todo. Sempre. Em qualquer circunstância. Quando preso no início de 2014, fãs, como eu, choravam sangue de tristeza por ver um ídolo que estava se perdendo, morrendo aos poucos com as drogas, por ter pessoas que se aproveitavam de sua fama ao redor e lhe demos suporte.
Não só uma vez, mas várias vezes. E Justin era grato. Ele sabia que precisava da força que vinha de nós quando o mundo inteiro apenas o julgava. E isso aconteceu muitas vezes: quando pausou a carreira, quando se envolveu em novas polêmicas. Os beliebers sempre estavam lá por ele. E ele para os beliebers.
Chega à era Purpose, Justin parece ter amadurecido e superado os problemas, parecia que tudo iria voltar ao normal, mas só parecia. “Sou humano.” – passou a ser a frase mais usada por ele. E quando o perseguiam, os fãs ainda estavam lá para ajudá-lo a superar isso.
Mas com essa nova fase passamos a conhecer um novo Justin. Um Justin que parece não se importar mais com muita coisa. Um Justin que aposta em shows que enaltecem mais o uso do playback e não coloca mais pra fora o talento musical inegável que a gente sabe que ele tem. Um Justin que aparentemente perdeu o carinho pelos fãs que sempre estiveram lá por ele.
E as polêmicas agora são outras. Justin se nega a tirar foto com fãs. “Sou humano, tenho sentimentos, não sou um objeto.”. Isso se tornou desculpa para justificar os erros que os fãs devem aguentar calados. Justin não quer fotos. Não quer contato. Lança uma coleção de roupas com a frase “não tiro fotos”. Nega abraços. Cadê o Justin Bieber que nós conhecemos? Ele não existe mais ou este é o Justin que ficou escondido dentro dele por todos esses anos? A gente nunca sabe o que está acontecendo na vida dele, mas não custa ser simpático, né? Ingratidão é a doença mais triste em um ser humano.
Eu não me arrependo dos CDs que comprei, das noites em claro que passei votando, dos shows que fui, das vezes que o defendi e fui ridicularizado. Mas o mínimo que os fãs merecem receber de volta é gratidão. Ele é artista, um cantor internacionalmente conhecido, porque ele quis, era o sonho dele, não foi a gente que pediu, mas fomos nós que o colocamos lá. Justin se tornou um rapaz egocêntrico e, acima de tudo, ingrato.
É claro que é ridículo algumas pessoas atacarem Sofia, por estar com ele. Bieber pode e deve se relacionar com quem ele quiser, como nós fazemos. Ele é famoso, mas é gente. O que não pode é ele esquecer às raízes. Esquecer que chegou onde está por que um grupo de pessoas o ajudou a chegar lá – e esses fomos nós.
Justin DEVE tirar foto com fãs. Ele DEVE abraços. Ele DEVE carinho sim. E isso não é fazê-lo de objeto, é apenas a retribuição de todo o carinho que demos pra ele até hoje. E quando não há essa reciprocidade morre o amor, morre o carinho e morre o sentimento mais puro que um fã pode ter por um ídolo.
“Se vocês realmente são meus fãs.”. Por ser fã eu devo falar. Quando alguém que nós amamos erra, nós repreendemos, dizemos que foi errado, e pedimos para mudar. E por que raios com o Justin Bieber deve ser diferente? E o pior: ele não quer mudar. E se não mudar – pasmem outra vez – o fandom vai acabar. #RIPBELIEBERS
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