#LucasViaja: Berlim é a capital mais interessante da Europa

Reichstag, o Parlamento Alemão.

Passei 30 dias viajando pela Europa. Nesta série, você descobrirá detalhes de como aproveitar e qual foi o roteiro que eu fiz pelo velho continente. Além disso, tentarei detalhar todos os meus gastos com passeios, hospedagens, alimentação e transporte em cada um dos destinos para que você, viajante, saiba o que te espera quando colocar o pé no avião rumo ao seu sonho. Vem comigo?  Passamos alguns dias em Berlim, na Alemanha. Uma cidade que ainda convive com muitos dos seus erros do passado e que tenta aprender a superá-los.

Saindo de Amsterdam, nosso voo até Berlim seria de mais ou menos 1h30. Outra companhia aérea low-cost estava prestes a nos receber: EasyJet. 

Interior do Boing 737 que faz as rotas da EasyJet.

A cia aérea não tem limite de peso para levar na mala de cabine. Você pode levar o quanto quiser, contanto que seja APENAS UMA bagagem na cabine e nada mais além disso. Para as mulheres, sequer uma bolsa é permitida. No meu caso, a pochete foi barrada e tive que dar um jeito de colocá-la dentro da mala. SOFRIDO. Também não tem serviço de bordo e você paga apenas pelo básico: sair de um lugar e ir para o outro.

Chegamos em Berlim numa manhã de domingo. Por ser fim de semana, pensei que encontraria uma cidade mais agitada e cheia de jovens, como prometem, mas não: é fantasma. Até brinquei com meus seguidores ao dizer que não havia ninguém em nenhuma das ruas e até perguntei se era assim mesmo.

Mas Berlim é assim: ame-a ou odeie.

Torre de TV, principal ponto turístico de Berlim

Berlim é a capital da Alemanha, e talvez, a cidade mais jovem e moderna do país. Em sua história recente, Berlim passou por diversos desafios: as duas guerras mundiais, em que na segunda foi o QG de Hitler. Por fim, após a derrota nazista acabou separada em dois lados pela Guerra Fria (capitalista e comunista) por um muro que pode ser visto em diversas partes da cidade até hoje.

O Muro de Berlim é um dos maiores símbolos de uma sociedade que estava perturbada. Sua queda, igualmente. Pior ainda, é saber que tentam criar novos muros nos dias atuais. O povo alemão convive diariamente tentando consertar esses erros cometidos no passado e, por vezes, aparentam ser tristes, mesmo que a maioria sequer tenha vivido durante esses anos gelados.

Andando pelas ruas, além da cidade ser bem vazia, longe de ter o over tourism do resto da Europa, percebe-se pessoas mais frias e pouco receptivas.

Há muitos imigrantes, como em toda a Europa, mas sendo a capital que ostenta o título de segunda cidade com maior poder político do mundo, Berlim pode se gabar de sua organização, limpeza, ar jovem (por conta dos imigrantes, em sua maioria) e tecnologia — além da presença de grandes companhias como a Mercedez Benz, que tem sua própria praça e que também dá nome a um Estádio, em frente ao East Side Gallery.

Grafite icônico no East Side Gallery

Que é lindíssimo, por sinal. Artistas do mundo todo fizeram grafites no que restou do muro e o local se tornou um dos símbolos da liberdade do povo alemão.

Alexanderplatz e Oktoberfest

A principal praça da cidade é a Alexanderplatz, onde existe um relógio famoso por mostrar o horário no mundo todo. E, estivemos por lá durante o período da Oktoberfest, o tradicional “carnaval” alemão.

O preço é um pouco pesado, caro mesmo, um copão de cerveja por exemplo custou €10 (R$ 46,64). Para comer, o valor minimo que encontrei num prato tradicionalíssimo (salsichas, batata-frita, molho e cogumelos numa cestinha) foi de €12 (R$ 55,97).

Pratos típicos na Oktoberfest, em Berlim.

Na minha concepção, a Oktoberfest foi o melhor do nossos dias na cidade. Foi a única vez que consegui ver os alemães se divertindo, animados e curtindo alguma coisa. Há relatos de rolês mais jovens, cools e roots, bem alternativos que não é a minha vibe, então, não vi e nem procurei esse lado.

Passeios

Em Berlim, visitamos a Torre da TV, ponto mais alto da capital que é uma torre lindíssima, que consegue ser vista de vários pontos da cidade. Vale a pena o passeio, mas marque com antecedência a subida senão você vai ficar na vontade.

Torre de Brandemburgo

Um ponto chocante e emocionante de se conhecer em na capital alemã, é o Memorial dos Judeus Mortos no Holocausto. Um monumento com 2717 blocos de concreto cinza, de tamanhos diferentes, simbolizando a diferença entre cada pessoa erguido em homenagem à quem sofreu durante o nazismo.

O Checkpoint Charlie é um ponto bastante interessante, pois é onde se encerrou a guerra fria após a queda do famoso muro e tem uma história interessantíssima. De um lado, há a foto de um soldado americano simbolizando o capitalismo. Do outro, um soldado russo simbolizando o comunismo.

Há outros pontos na capital Berlim que valem a visita: o Parlamento Alemão, o ponto político mais importante da Europa e da Alemanha; o portão de Brandemburgo, que é simplesmente onde Hitler fazia seus discursos e reunia a população enfileirada diante dele e a Torre Victoria, um monumento importantíssimo para a cidade.

Uma coisa que não indico é visitar o combo de museus que estão na Ilha de Museus de Berlim. Eu não gostei de nenhum deles, exceto o Neues Museum. Essas visitas, na minha concepção, foram um gasto desnecessário que poderia ser bem empregado em outro lugar. Há museus melhores no restante da Europa.

Ilha dos Museus em Berlim

A cidade é uma aula de história a céu aberto, nada é escondido, as cicatrizes de tempos cruéis, dolorosos estão todas lá, em cada esquina, cada rua. Mas engana-se que por isso é uma cidade triste, baixo astral…Não! Tudo isso faz parte da identidade do povo alemão que se reconstruiu com os erros, aprendizados e dores do passado, fazendo e agindo melhor, com mais consciência, visando um futuro melhor para as próximas gerações. Isso fez Berlim não ser minha favorita, mas uma das mais curiosas, baratas e interessantes da Europa.

Memorial aos Judeus Mortos no Holocausto

Tem tudinho no meu Instagram, em que você pode conhecer ainda mais curiosidades das minhas viagens ao redor do mundo. @lucasnascimentp.

Vielen Dank, Berlin!😍

Quanto gastamos em Berlim

Gastos totais para duas pessoas

Passagem aérea: R$ 446,58 – Tarifa básica apenas com mala de cabine;
Transporte: R$ 22,40 – Trem e ônibus na cidade (fizemos praticamente tudo andando).
Alimentação: R$ 300 – Café, almoço e jantar
Passeios: R$ 172,33 – Museus e Oktoberfest
Hospedagem: R$ 350,50 – Checkpoint Charlie Hostel

Mas, para postar tudo isso no Instagram, eu precisei de internet na Europa, né?! Por isso, agora sempre que viajo, eu conto com o serviço da Travel Mobile. Eles oferecem os chips das melhores operadoras em cada país que você vai. Por exemplo, na Europa, usei a operadora Orange – que funcionou super bem em todos os países que já fui – e ainda contei com assistência 24h, serviço de voz e SMS ilimitado pra qualquer emergência. 

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Torre Victória, um dos mais famosos monumentos de Berlim

Lembrando que, para viajar para a Europa, é OBRIGATÓRIO o uso do Seguro Viagem, um custo mínimo para a sua viagem e que te protege em qualquer eventualidade que possa acontecer durante sua trip. Sem seguro, você sequer passa da imigração. Fique atento!

No próximo post chegamos à capital da Itália, Roma. Uma cidade animada, bagunçada, cheia, calorosa e cheia de história para contar.

Perdeu os últimos posts? Veja aqui o que a gente achou de Amsterdam, a cidade mais jovem da Europa.

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