Dados do IPEA foram “acidentalmente trocados”


Depois de causar um grande alvoroço com a divulgação da pesquisa feita, aonde dizia que “65% dos brasileiros apoiam ataques a mulheres que usam roupas curtas”, o IPEA se retratou, alegando que houve uma troca nos gráficos da pesquisa, logo, ao invés de 65% são 26%, dos entrevistados que mantém a sua opinião machista e arcaica sobre esse assunto, os outros dados da pesquisa também foram “acidentalmente trocados”.

Aos leigos, o IPEA (Instituto de pesquisa econômica aplicada) é um órgão governamental, e algumas dentre as varias funções são: realizar pesquisas e estudos sociais, econômicos, disseminar o conhecimento resultante, e dar apoio técnico e institucional ao governo (logicamente).

Logo, quero chegar ao ponto de que esses dados que foram “acidentalmente” trocados, talvez não tão acidentalmente assim. Isso porque dentre esses dias, digo, desde quando essa pesquisa foi divulgada, nenhum outro acontecimento ganhou espaço na mídia. E não vale dizer que nada aconteceu de importante, pois fatos importantes não faltaram.

Fatos como “CPI da Petrobrás”, aonde foram levantados dados, tais como: suspeita de superfaturamento na evasão de divisas, na compra da refinaria Pesadena no Texas, e na construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco; ainda, o pagamento de propina a funcionários pela companhia holandesa “SBM Offshore”, (estes negaram o pagamento de tal).

Enquanto isso na câmara, André Vargas (vice-presidente da câmara), se envolveu com o doleiro, cujo foi preso pela policia Federal, após suspeitas de envolvimento com lavagem de dinheiro, que movimentou uma bagatela de 10 bilhões de reais.

Contudo, ressalto fatos que deveriam ganhar maior visibilidade, não foram sequer repercutidos, contrapartida a pesquisa do IPEA que continha informações enganosas, ganhou os holofotes.

Por. Camilla Brunetto
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