Aparência (8,5/10)
Sua capa é muito bonita, bem feita e com uma boa idealização da ideia que você pretende passar. Deixa desde ali o leitor curioso pelo que vai acontecer ao longo da história. Se eu visse um livro com essa capa, eu me interessaria e na hora compraria para ler. Me amarro nessa coisa de mundo devastado e tal. Sua capa chama a atenção e isso é bastante favorável para você.
Mas tem uma coisa que me incomoda muito, e que acontece em diversas fanfics, não apenas a sua, que é o nome em inglês. Gostaria de entender o porquê de vocês fazerem isso, já que o público-alvo (pelo menos agora) é brasileiro (falam/escrevem em língua portuguesa) e talvez muitos nem entendam a língua inglesa. Observe os grandes best-sellers estrangeiros que são publicados por aqui: todos eles vêm com o título e o nome dos capítulos traduzido. Fifty Shades of Grey (Cinquenta Tons de Cinza). Ou algo que remeta até à sua temática e que eu gosto muito Maze Runner: The Scorch Trials (Maze Runner: Prova de fogo). Isso gera identificação com o leitor, um nome em português que ele possa lembrar com mais facilidade e que fique marcado.
Sua sinopse é incrível e bem criada porque traz o leitor para história. Você nos pergunta o que faríamos se estivéssemos no lugar de Elliott que precisa enfrentar esses medos para sobreviver após o fim. Neste quesito você perdeu 1,5 pelo nome da história e dos capítulos em inglês. Decidi tirar isso tudo, porque muda, em muitos quesitos, o entendimento da sua história em leitores mais leigos.
Ortografia. (8/10).
Você faz um bom uso da linguagem. Usa palavras certas, nas horas certas e, assim, consegue manter o leitor preso à história. Existem pouquíssimos erros que pude perceber, e que não desmerecem a história. Pode ser apenas um pouco de falta de atenção, ou falta de edição dos capítulos. Acho que você escreve pelo celular, então é bem nitída a obra do corretor ortográfico, que corrigiu incorretamente alguns trechos, e você acabou não percebendo e passou direto.
Vou dar algumas dicas quanto a isso:
* Eu não diria “eles” fazendo sinal de aspas. E sim apontando na direção do ônibus.
* Se são três da tarde, como pode já estar escurecendo?
* Gosto quando usam outra obra pra salientar e dar força na sua própria ideia, como a referência de The Walking Dead.
* “O que você mesmo que aconteceu?” (entendi que você colocaria o “disse”, mas tu deve ter mais atenção.
* Quando terminar uma oração, separe com ponto e não vírgula. Exemplo: “…checava para ver se Enzo estava bem ou não. Ficava contente em ver…”.
* Enzo é gay… tu poderia ter deixado a informação clara e óbvia. Você estava falando de diabetes, alguém pode pensar que ele é aceito pela doença e não a sexualidade.
* Cuidado na acentuação: use apenas exclamação ou interrogação. Juntas elas são ambíguas. Cuidado.
Sua história é boa e prende, acho isso bem bacana. Vou acompanhar até o final. Se eu ver alguma coisa, te dou um toque por comentários.
Enredo (9,5/10).
É boa, já disse anteriormente que me amarro nessa coisa de mundo após uma grande tragédia, tanto que li as séries Maze Runner, Jogos Vorazes e Divergente em menos de duas semanas, mesmo trabalhando (sou jornalista) e estudando.
Sua história me lembrou muito Maze Runner no último livro, “Ordem de Extermínio”, que conta como aconteceu a tragédia do sol, e como surgiu a doença “o fulgor”. Eliott me lembra muito o Thomas, ele sente falta dos pais. Já a Heather me lembra Teresa, que sofreu muito e tal.
Há alguns problemas sérios de verossimilhança, que passam despercebido sem uma leitura crítica, como quando você diz que eram três da tarde, quase nada aconteceu, e já estava anoitecendo (?), não anoitece tão cedo assim, então foge da realidade, cuidado nisso.
Algumas cenas de ‘ação’ ficam um pouco superficiais e sem muita emoção.
Eu não senti nenhuma quando aquele grupo foi atrás deles dentro do hospital, ficou tipo “O que? Por que isso?” – eles deveriam ter ido de encontro com a van, para saber porque o mundo estava daquele jeito. Imagine-se sozinho no planeta, apenas com mais duas pessoas. Ai, sem mais, nem menos, vocês fogem dos únicos outros humanos que restaram? Você faria isso? Não, ninguém faria isso, as pessoas são curiosas. Então, ali, eles seriam presos por eles e tal. Traria emoção e realismo na cena.
Nota geral: 8,6.
Por. Lucas Nascimento.