(Reuters) – O técnico Dunga escolheu o goleiro Diego Alves e o atacante Luiz Adriano para substituir Jefferson e Diego Tardelli no amistoso da seleção brasileira contra a Turquia, em Istambul, na quarta-feira.
O zagueiro Miranda, titular nos quatro amistosos na nova era Dunga, foi mantido no time titular, e o capitão do Brasil na Copa do Mundo, Thiago Silva, ficará entre os reservas. O zagueiro do PSG foi chamado pela primeira vez por Dunga após um período de lesões após o Mundial.
A escolha do goleiro Diego Alves chegou a surpreender, já que Rafael Cabral, do Napoli, vinha sendo o reserva de Jefferson, do Botafogo, nos amistosos com Argentina, Colômbia, Equador e Japão. Para os jogos deste mês, o técnico não convocou jogadores de clubes brasileiros, que estão envolvidos em fases finais de competições.
“O Diego já participou da seleção várias vezes e das Olimpíadas e é hora de testar. Ninguém vem garantido na seleção e temos que criar essa competitividade na seleção”, disse Dunga a jornalistas nesta terça-feira.
Luiz Adriano, que fez cinco gols numa partida recentemente pela Liga dos Campeões jogando pelo Shakhtar, será o companheiro de ataque de Neymar contra a Turquia. A escolha dele faz com que o Brasil volte a jogar com um homem mais de área, assim como na Copa, quando a seleção tinha Fred ao lado de Neymar.
“Muda sim. É uma característica diferente do Tardelli. Ele joga mais fixo pela sua equipe. O Brasil vai ter que se adaptar a ele, mas é um forma de testar um jogar mais centralizado”, declarou Dunga.
O treinador cobrou do jogador uma movimentação maior no ataque. Tardelli se destacou nas quatro vitórias do Brasil depois do Mundial pela habilidade, movimentação e velocidade. “No futebol moderno, o jogador tem que ter movimentação para não ser fácil de ser marcado”, disse.
A partida marcará o reencontro das duas seleções, que se enfrentaram na fase de grupos e na semifinal da Copa em 2002, quando o Brasil se sagrou pentacampeão.
“Foram dois jogos importantes e difíceis e, agora, a seleção da Turquia tem um trabalho mais longo que nós, vai ser difícil porque os dois times têm grandes jogadores”, avaliou Dunga.
O Brasil vem de quatro vitórias seguidas e o objetivo da nova comissão técnica é recuperar aos poucos o prestígio da seleção brasileira, que decepcionou na Copa em casa.
“Temos um grande prestígio e continuamos com isso no mundo todo independentemente do resultado. Sempre tivemos grandes seleções e jogadores que brilharam em todo mundo”, afirmou Dunga. “Não tem como reescrever o passado; temos que readquirir a confiança e o prazer de jogar e vencer. Essa é a ideia.”
O treinador ainda terá mais uma observação neste ano, contra a Áustria, na semana que vem, antes de começar a pensar na Copa América e nas eliminatórias no ano que vem.
O clima que o Brasil vai encontrar em Istambul será semelhante ao que o time terá pela frente nas eliminatórias: casa cheia e muita pressão. “Temos jogadores acostumados com clima adverso… é bom ter dificuldades diferentes com a Turquia; eles são apaixonados, determinados e temos que manter o objetivo de ganhar”, disse Dunga.